O Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre recebe, entre esta segunda (11) e terça-feira, 12, pesquisadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para uma agenda específica com empresários, presidentes de sindicatos e representantes dos setores produtivos para conhecer melhor a realidade sobre a produção da região, as oportunidades e perspectivas dos empresários.
A equipe, representada pelos pesquisadores Roberto Duran e João Pedro Ferreira, chegou ao Acre nesta segunda-feira, 11, e participou de uma apresentação sobre o Fórum com o presidente José Adriano e a coordenadora, Tíssia Veloso. A programação incluiu também painéis sobre comércio exterior, infraestrutura e logística, agronegócio e empreendedorismo empresarial, turismo e serviços.
O presidente do Fórum e da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), José Adriano, iniciou a agenda agradecendo a presença de todos e apresentando os pesquisadores do BID. Na oportunidade, o presidente aproveitou para prestar sua solidariedade aos moradores afetados pela cheia histórica do Acre em Rio Branco e no interior do estado.
José Adriano falou sobre a importância da presidente dos pesquisadores para apresentação de projetos que visam o desenvolvimento do estado. “Estão se informando sobre quais projetos temos em desenvolvimento para que possam retornar até o banco e alocar recursos para apoiar esses projetos. Vamos levá-los nas indústrias onde há projetos em desenvolvimento, não vão poder visitar todas, mas elencamos algumas e esperamos ter, em um futuro muito próximo, o retorno dessas visitas com alocação de recursos para essas empresas”.
Uma das iniciativas apresentadas aos pesquisadores foi o corredor interoceânico, que passa pelo Acre via BR-317 e visa oferecer uma infraestrutura consolidada, reduzir custos operacionais e logística para a exportação de produtos acreanos para o Pacífico.
“Precisamos potencializar esse corredor, olhando, inclusive, para a inauguração do Porto de Chancay que vai dar toda essa movimentação, para a conclusão do anel viário de Brasiléia, que já passou da hora de dar uma resposta para a sociedade e todos nós. Como a agenda é apertada, priorizamos alguns setores, as perspectivas e necessidades de cada uma”.
Para o presidente da Faeac, Assuero Veronez, o setor privado, por meio do Fórum, tem se articulado para buscar estratégias e iniciativas, como a vinda da equipe dos pesquisadores do banco, que visem angariar recursos e investimentos na região. Especificamente sobre a agricultura e pecuária, o presidente também destacou o crescimento do setor com as produções da soja e do milho e de carnes bovina, suína e avícola.
“Isso mostra um cenário promissor, mas precisamos fazer muita coisa, desde a infraestrutura, que o poder público tem que cuidar, como a facilidade de investimento, de financiamento, de financiamento proporcionar aos produtores, aos investidores, um cenário favorável ao investimento”.
O coordenador da Câmara Técnica de Comércio Exterior e coordenador da Câmara Técnica de Comércio Exterior do Fórum e secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia (Seict), Assurbanípal Mesquita, disse que a agenda com os pesquisadores da iniciativa vai ajudar a identificar as necessidades, potencialidades de investimentos e a integração do Acre com o Pacífico. Durante a reunião, o secretário fez uma apresentação dos investimentos que o Governo tem feito no corredor interoceânico.
Ele destacou que essa é uma das propostas promissoras de trabalho da atual gestão.
“Então, discutir isso, preparar o setor empresarial, preparar o setor público para lidar com essa nova realidade, que vai acontecer, são nossos desafios. Fazer os investimentos corretos, as políticas, as propostas de forma correta, assertiva. Então, fica aqui esse ambiente de debate que vai iniciar hoje aqui, que vai tratar dessas pautas. São boas perspectivas que tem que o nosso Estado, se estivéssemos preparados, muita coisa positiva vai ter de retorno para a nossa sociedade como um todo”.
PAINÉIS – Pela manhã, os pesquisadores do BID participaram de um painel com apresentações sobre comércio exterior, infraestrutura e logística. Participaram representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), da Embrapa, da Cooperativa Central de Comercialização Extrativa do Acre (Cooperacre), do Café Contri, Agência de Negócios do Estado do Acre (Anac), Nutrak, Sindicato das Empresas de Logística e Transportes de Cargas do Estado do Acre (Setacre), do Sindicato da Indústria de Construção Civil do Estado do Acre, da Dom Porquito e da Zona de Processamento de Exportação do Estado do Acre (AZPE).
Pela tarde, houve mais dois painéis: sobre agronegócio e desenvolvimento empresarial, turismo e serviços com a participação do presidente da Faeac, Assuero Veronez, o coordenador da Câmara Técnica de Agronegócio do Fórum e pesquisador da Embrapa, Judson Valentim, do vice-presidente da Faeac e secretário adjunto de Agricultura do Estado, Edivan Menezes, o chefe geral da Embrapa, Bruno Pena, do coordenador da Câmara Técnica de Turismo e coordenador de Turismo da Fecomércio, João Bosco Nunes, e representantes do Sebrae/AC, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), da Associação Brasileira da Industria de Hotéis do Acre (Abih-AC), da Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (Acisa) e do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos e Matadouros do Estado do Acre (Sindicarnes/AC).
SOBRE O BID – O grupo é composto pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento; BID Invest que colabora com o setor privado da região; e BID LAB, que experimenta formas inovadoras de conduzir um crescimento mais inclusivo.
A iniciativa atua desde 1959 e tem 48 países membros. O grupo fornece apoio financeiro e técnico a governos nacionais, subnacionais e outras entidades da região. Por meio de pesquisas de ponta, o grupo ativa avanços em saúde, educação, infraestrutura, diversidade e ação climática, entre outras questões fundamentais para reduzir a pobreza e melhorar a vida das pessoas nas regiões atendidas.
O grupo tem o Programa Amazônia Siempre, que tem como objetivo ampliar o financiamento, compartilhar conhecimento estratégico para os tomadores de decisões e aumentar a coordenação regional para acelerar o desenvolvimento sustentável, inclusivo e resiliente da região amazônica.
Lançado em junho de 2023, o programa tem como objetivo também de viabilizar e apoiar iniciativas conduzidas por outras instituições, redes e alianças que possam se beneficiar dos instrumentos financeiros, conhecimentos e mandato regional do BID.