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    Ponte para a esperança

    Ponte para a esperança

    Empresários agradecem esforço do governador Gladson Cameli e bancada federal acreana pela conclusão da Ponte do Rio Madeira


    Quase sete anos de trabalho até a sua conclusão. No entanto, o sonho de uma integração concreta, literalmente falando, do estado do Acre a Rondônia e, por consequência, a todo o Brasil, já durava uma era. Agora, nesta sexta-feira, 7 de maio, o que parecia uma quimera se torna uma realidade: a Ponte do Rio Madeira será, enfim, inaugurada. Tamanha engenhosidade e magnitude – com 1,9 km de extensão e quase 15 metros de largura – será testemunhada por todos aqueles que lutaram por sua existência: sociedade civil, classe empresarial, parlamentares e autoridades de ambos os estados, como também o presidente da República, Jair Bolsonaro.

    Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), José Adriano, a Ponte do Rio Madeira (ou “Ponte do Abunã”, por se localizar no distrito rondoniense de mesmo nome) representa um dos mais importantes e estratégicos pilares para o desenvolvimento do estado. De acordo com o empresário, a expectativa é de que a via de ligação entre Acre e Rondônia transforme a realidade socioeconômica local.

    “Esta é uma luta histórica e que finalmente podemos testemunhar sua concretização. Simboliza uma esperança para todos nós, sobretudo o setor produtivo acreano, que tem a expectativa da redução de custos – a longo prazo - no transporte de insumos entre os estados, os riscos de isolamento e desabastecimento devido a enchentes e à seca do rio se extinguirão. O tempo de viagem também diminuirá. Logo, todos os segmentos do setor produtivo serão beneficiados. É um momento ímpar e de muito otimismo que estamos vivendo”, resumiu Adriano.

    A hegemonia das balsas, que exclusivamente faziam a travessia de pessoas e veículos sobre o rio que separa ambos os estados, chega ao fim. Com duração média de 45 minutos para fazer o trajeto, levando, no máximo, 15 carretas e 10 veículos de passeio por vez, segundo dados da Secretaria de Comunicação de Rondônia (Secom/RO), as taxas para atravessar o rio na embarcação poderiam chegar a R$ 290, dependendo do porte do automóvel.

    Para comemorar a inauguração do empreendimento, um grupo de empresários – representados pela FIEAC, Federação do Comércio, de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (Faeac), Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (Acisa) e Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Acre (Federacre) – fará uma homenagem ao empenho e dedicação do governador Gladson Cameli e do Governo Federal. Serão espalhados diversos outdoors (placas publicitárias) pelas ruas de Rio Branco nos próximos dias, em agradecimento.

    LUTA FERRENHA – Um dos principais articuladores dessa empreitada, que é financiada pelo Governo Federal, foi o atual governador do Acre, Gladson Cameli, que trabalhou arduamente para a conclusão da ponte desde o período em que era deputado federal. No Senado, o ímpeto do gestor para ajudar o Acre no escoamento da produção das regiões Norte e Centro Oeste, bem como diminuir o isolamento do estado para as demais regiões do Brasil persistiu. 

    Desde que assumiu o governo acreano, em 2019, a conclusão da Ponte do Abunã continuou fazendo parte do seu projeto político para o desenvolvimento do Estado. Por fim, os atuais representantes do estado em Brasília (DF), como os senadores Márcio Bittar, Mailza Gomes e Sérgio Petecão, mantiveram a postura e a firmeza neste propósito. “A bancada federal acreana merece todo o nosso reconhecimento, porque sabemos que o interesse maior nessa obra sempre foi nosso. E, hoje, ao se materializar, ela representa a redenção para o nosso setor”, agradece Adriano. 

    “Vários políticos tentaram, mas não saía do papel. Finalmente, os governos de Gladson e Bolsonaro resolveram os problemas que faltavam e poderemos ver essa obra pronta. Isso (balsa, antes da ponte) nos envergonhava, aumentava o custo de produção, dificultava o transporte e a vida de todos. A obra é extremamente importante e vai viabilizar mais investimentos para o estado”, relata Assuero Veronez, presidente da FAEAC.

    CONQUISTAS E DESAFIOS – Gladson Cameli agradece o apoio dos empresários e ratifica a proximidade do seu governo com o setor. “Estado e empresários devem se unir, pois ambos querem prosperar, criar empregos, desenvolver nosso Acre. Fico feliz pelo reconhecimento do meu trabalho, que vem desde o tempo em que era deputado federal. A inauguração dessa ponte sem dúvida será o pontapé inicial para grandes conquistas”.

    Orçada inicialmente em R$ 128 milhões e, ao término, em R$ 154 milhões, a Ponte do Rio Madeira não liga somente o Acre ao restante do Brasil, mas o Brasil aos mercados andino e asiático, conectando-o à Estrada do Pacífico. É considerada a terceira maior obra do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) em execução no Brasil, de acordo com o engenheiro encarregado, Eduardo Lira, em recente depoimento à Secom/RO, e uma das maiores e mais modernas obras de engenharia já executadas na Amazônia. 

    Apesar do momento de grande otimismo, o Acre tem pela frente o desafio de não se transformar somente em um mero corredor de exportações, mas também o de se firmar como um estado estratégico para atrair investimentos. 


    Fotos/Sérgio Vale

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