Parceria entre FIEAC, Seict e Sebrae vai proporcionar a empresas locais experiência na maior feira de alimentos da região dos países andinos
Uma parceria institucional entre FIEAC, Governo do Estado por meio da Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict) e Sebrae está permitindo o debute de empresas acreanas na maior feira de alimentos da região dos países andinos: a Expoalimentaria, edição 2020, que está sendo realizada até o dia 15 de novembro. Neste ano, o evento será realizado virtualmente e reunirá, pela primeira vez, seis indústrias locais: Frigonosso (carne e miudezas suínas); Dom Porquito (carne, embutidos e miudezas suínas); Miragina (castanha em snacks, biscoitos e óleos); Nutrak (ração animal para pets, peixes, aves e suínos); Cooperacre (castanha do Brasil e óleos em diversos formatos) e Brazil Açaí (polpa de açaí em cinco variedades e apresentações para varejo e atacado).
As instituições parceiras criaram uma plataforma de geração de oportunidades empresariais e de capacitações em todo o estado, ressaltando as características particulares das quatro regionais locais e alavancando suas vocações produtivas. Na manhã desta quarta-feira, 14 de outubro, o “Pavilhão de Indústrias do Estado do Acre” foi apresentado em um café da manhã para os participantes, parceiros institucionais – entre eles, a representante da FIEAC no Vale do Juruá, Janaina Terças, e o diretor de comércio da Seict, Ernandes Negreiro, representando o secretário Anderson Abreu – e imprensa. De acordo com o consultor de comércio exterior da Seict, Victor Hugo Rondon, o evento, que é sediado em Lima (Peru), reúne 25 países.
“Para se ter uma ideia da magnitude da Expoalimentaria, são mais de 3,5 mil visitantes internacionais, sendo 36% da América do Sul, 24% da Europa, 20% da América do Norte e 12% da Ásia. Hoje, nosso estado exporta R$ 180 milhões por ano para 41 países, mas é majoritariamente madeira. Com essa proposta de levar os produtos acreanos para a feira, queremos diversificar essa pauta e alcançar esses mercados, elevando as exportações para R$ 200 milhões”, explicou o consultor.
Segundo o presidente da FIEAC, José Adriano, essa proposta de incentivar a cultura de exportação é antiga. No entanto, apesar do desafio de participar de um momento inovador, totalmente on-line, não haverá limites para a divulgação dos produtos acreanos. “A gente aprende com todas as dificuldades. Estou bastante satisfeito com a participação dos empresários e com a parceria com o Governo do Estado. É importante que a população saiba que, apesar da pandemia, o esforço que os empresários estão fazendo, não abrindo mão de continuar investindo”, comemorou.
DESAFIO – Para Paulo Santoyo, proprietário da empresa Dom Porquito, localizada no município de Brasileia, o mercado peruano é um grande desafio. “Atualmente, nós exportamos para Bolívia, Uruguai, Hong Kong e acabamos de ser habilitados para o Vietnã e estamos sendo habilitados para a China e o Japão. No entanto, para nós, o Peru é um mercado fundamental para a nossa estratégia de crescimento e o Major Rocha (governador em exercício) está fazendo um trabalho brilhante de aproximação comercial”, agradeceu.
Rocha afirma que o desafio de abrir mercados e fazer com que as empresas acreanas se preparem para o retorno pós-pandemia é muito grande. E, segundo ele, é preciso se adaptar para esta nova forma de comércio exterior, viabilizado de maneira virtual. “Nós temos produtos de excelente qualidade e esta parceria com a FIEAC e o Sebrae tem sido fundamental para abrir os horizontes para este novo mundo. Nós temos ainda muito a crescer, mas já estou muito alegre com este momento. Estamos quebrando paradigmas aqui”, parabenizou.
De acordo com o assessor institucional da FIEAC, Assurbanipal Mesquita, a proposta é que em 2021, quando a feira deve retornar ao formato presencial, o Estado do Acre promova a inauguração de um pavilhão inovador e altamente estruturado, conglomerando mais indústrias acreanas. “Neste intervalo, os workshops, assessorias e ações para aprimorar o comércio exterior acreano continuarão na esfera federal solicitando a vinda de missões veterinárias, registrando produtos no exterior, adequando a produção local nos padrões internacionais e propondo novas cadeias de valor agregado no estado”, finalizou.
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