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Na UFAC, presidente da FIEAC fala sobre estratégias para o desenvolvimento do Acre

Na última quinta-feira, 25, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), José Adriano, participou do I Simpósio Ciência e Inovação Tecnológica para a Amazônia. Na oportunidade, ele proferiu palestra, aos mestrandos da UFAC, sobre estratégicas para o desenvolvimento local.

José Adriano iniciou sua apresentação afirmando que o Acre – assim como toda a Amazônia Legal brasileira, não tem conseguido promover o seu desenvolvimento de forma perene e sustentável. “Nosso grande desafio é desenvolver a região na busca da melhoria da qualidade de vida de seus habitantes, por meio da geração de emprego e renda, sem agressões aos biomas”, disse.

Segundo o presidente da FIEAC, não é admissível fazer um planejamento para o Estado que contemple, apenas, quatro anos. “Isso não é projeto de desenvolvimento, e sim programa para favorecer determinado grupo político”, afirmou.

“Há um debate de que o agronegócio é a saída para o desenvolvimento do Acre. Não percebem, mas estamos dando um passo para trás nesse entendimento. Não podemos ficar limitado a, apenas, um único segmento. Não se chega ao estágio de Rondônia e Mato Grosso, por exemplo, da noite para o dia. Precisa-se trabalhar num plano para os próximos 20 anos, que é o tempo de maturação para um projeto se desenvolver”, explicou José Adriano.

PROVOCAÇÃO – Bastante à vontade ao público presente, José Adriano não se intimidou e fez questionamentos para tirar a plateia da zona de conforto. Afinal, o que fazer com mais de 1.000 mestres e 400 doutores no Acre? Qual a aplicabilidade do ponto de vista prático desses estudos que foram levados à sociedade e quais seus resultados em melhoria da qualidade de vida da população? Qual a verdadeira motivação desses profissionais em desenvolver estudos e pesquisas?

“São questões que precisamos responder, sob pena de perdermos a maior oportunidade da nossa geração, na reorientação da vocação de desenvolvimento com sustentabilidade para a busca da independência econômica em relação aos grandes centros industriais do nosso país. Quando o controle se sobrepõe aos resultados, impera a desconfiança nas competências profissionais que desconsidera a técnica, e se submetem a orientação de quem nada entende”, finalizou o presidente da FIEAC.

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O QUE DISSERAM?

“Esse diálogo com a FIEAC é muito importante para a UFAC, pois cria possibilidades de articular as competências da nossa universidade com as demandas do setor econômico” (Professora Clarice Carvalho – coordenadora de mestrado em ciência e inovação tecnológica para a Amazônia da UFAC).
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“Esse início de debate entre a FIEAC e a Universidade é fundamental. Sua fala nos provocou bastante, pois, às vezes, falta um pouco de aplicação para o que nós produzimos. Sabemos que podemos ajudar muito. Talvez, falte essa visão empreendedora e prática de quem vive a academia. Todos perdem de aplicar esse conhecimento gerado em demandas específicas do setor econômico acreano. Vamos estreitar esse diálogo” (Sônia Nogueira – pesquisadora da Embrapa e professora do programa de pós-graduação em ciência e inovação tecnológica para a Amazônia).

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“Eu me preocupo com todo esse movimento que foi criado a favor do agronegócio e de que será a salvação para o Acre. E a sua apresentação vai ao encontro do que discutimos aqui: quais atividades vamos desenvolver no Estado? Parabenizo a sua iniciativa em dialogar com a Universidade” (Adriana Valente – mestranda em ciência e inovação tecnológica para a Amazônia).

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