Após realizarem visita técnica às alfândegas de Epitaciolândia e Assis Brasil, representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estiveram na tarde de quinta-feira, 9 de junho, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), para discutir propostas de melhorias para as duas aduanas com representantes do setor produtivo local e do Governo do Estado.
De acordo com José Marcelo Maziero, coordenador de Fiscalização de Trânsito Regular (Viagiagro) do Mapa, foi importante conhecer de perto a realidade dos servidores das aduanas, assim como também dos transportadores e despachantes. Ele avaliou que a situação da alfândega de Assis Brasil é um pouco melhor do que a de Epitaciolândia, que, por sua vez, concentra maior movimento de cargas.
“Com isso, em curto prazo, decidimos pela transferência de um agente de atividade agropecuária, que ficará lotado em Epitaciolândia, atendendo cinco dias na semana, agilizando importações e exportações. Já a longo prazo, com ajuda de todos aqui, temos que negociar a contratação de mais servidores e melhorar a infraestrutura das aduanas. Em Epitaciolândia, por exemplo, não há condições de receber muitos caminhões e não há controle e segurança para as cargas que ficam armazenadas no local. Vamos levar essas demandas aos nossos superiores para tentar melhorar esse atendimento”, destacou Maziero, que realizou as inspeções na fronteira juntamente com o auditor fiscal federal agropecuário Fábio Bessa, chefe da Divisão Regional de Gestão da Vigiaro na 2ª Regional.
O secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia, Assurbanípal Mesquita, entende que ficou evidente que as soluções não são simples e que há necessidade de envolver outros órgãos na discussão. “Com relação ao Mapa, ficou decidido, coletivamente, que haverá um agente permanente, cinco dias na semana em Epitaciolândia, e com isso não haverá cargas paradas. Vamos buscar mais avanços”, frisou.
Já Edivan Azevedo, secretário de Produção e Agronegócios, agradeceu aos representantes do Mapa pela visita in loco e também enalteceu a disponibilidade do Ministério da Agricultura em atender prontamente a demanda levada à Brasília pelo Governo do Acre.
Presente à reunião, o presidente da FIEAC em exercício, João Paulo Pereira, ressaltou que os entraves são muitos, no entanto, as exportações estão acontecendo. “Ficamos felizes por receber os representantes do Ministério da Agricultura para nos ajudar. Porém, apesar da boa vontade do Mapa, não vislumbramos as mudanças positivas que esperávamos a curto prazo, com muitos gargalos sem perspectivas de melhorias nas nossas alfândegas”, enfatizou o empresário.