Empresários das indústrias do setor florestal, representantes do governo do Estado (por meio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente), Ibama, Imac, Asimmanejo e Sindusmad participaram na manhã desta sexta-feira, 27, de um workshop de encerramento do programa de capacitação e treinamento para utilização do Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor).
O Sinaflor é um mecanismo que integrará informações de imóveis rurais (provenientes do Sistema de Cadastro Ambiental Rural - Sicar e Ato Declaratório Ambiental - ADA) com informações da cadeia produtiva florestal, rastreando a madeira desde as autorizações de exploração até o transporte, armazenamento e industrialização e exportação (Documento de Origem Florestal – DOF). O objetivo é controlar a origem da madeira, do carvão e de outros produtos e subprodutos florestais, além de consolidar os respectivos dados dos diferentes entes federativos.
Segundo Paulo Roberto Viana, diretor-presidente do Imac, o Sinaflor irá melhorar e aperfeiçoar o antigo sistema DOF. “Teremos o total controle e, principalmente, a segurança, já que a ferramenta vai nos permitir não somente monitorar no transporte, como também voltar à origem de onde saiu esse produto. A partir do mês de maio toda atividade de origem florestal, referente à questão de madeira, será feita dentro do Sinaflor, que substituirá gradativamente o Sistema DOF”, acrescentou.
Carlos Gadelha, superintendente do Ibama no Acre, reforça a importância do novo sistema de gerenciamento que será implantado e acredita que, além de dar mais segurança à atividade, a certificação também contribuirá para agregar mais valor econômico à madeira extraída no Estado.
“Isso representará uma série de ganhos ao setor florestal. Ibama e Imac têm buscado formas e mecanismos para que essa atividade retome o crescimento, pois vem sofrendo em virtude da crise econômica e competições até certo ponto desleais com outros segmentos produtivos de madeira. A implantação a nível nacional desse sistema reduzirá significativamente a ilegalidade e deixará o setor em pé de igualdade, no aspecto competitivo, com os demais”, salientou Gadelha.
Para Camila Oliveira, diretora-técnica do Asimmanejo, a expectativa é de que o Sinaflor consiga, de fato, garantir maior agilidade no processo de licenciamento e das execuções de manejo, tendo em vista que o Acre é um Estado em que a exploração de madeira só é viável durante quatro ou cinco meses ao ano. Com isso, ela diz que um atraso na liberação do plano de manejo pode comprometer a safra de um ano inteiro.
“Para nós do setor florestal é uma grande satisfação poder fazer parte desse processo, que traz uma inovação com um mecanismo de integração que é o Sinaflor. Esperamos que a implantação desse sistema venha de fato contribuir para avanços para esta cadeia produtiva, e que de alguma forma impacte em uma maior credibilidade ao setor, uma vez que o Sinaflor também se propõe a garantir uma melhor rastreabilidade da madeira e a transparência desse processo como um todo. Temos grandes expectativas, no entanto, sabemos que ainda teremos obstáculos e alguns gargalos, mas esperamos que juntos possamos solucioná-los para ajudarmos a alavancar do setor”, assinalou a diretora-técnica do Asimmanejo.