Proposta de trabalho é apresentada ao setor empresarial e necessidades de estudos, ações e informações estratégicas são identificadas
Mais proatividade e menos espera. Em vez de apenas reivindicar, começar a propor. Esses foram alguns dos objetivos do trabalho a que se propõe o Fórum Permanente de Desenvolvimento do Estado do Acre, com suporte do Observatório do Desenvolvimento, apresentados aos empresários filiados aos sindicatos patronais das indústrias, no ciclo de reuniões que se iniciou nos dias 16 e 17 de abril, com o setor produtivo. Os primeiros encontros foram realizados na Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC) com a presença de empresários dos principais segmentos industriais locais, onde muito se discutiu sobre os maiores gargalos e necessidades de estudos de viabilidades de negócios.
De acordo com o coordenador do Fórum, empresário Jorge Tomás, o Observatório do Desenvolvimento é um grande banco de informações, chamado de “Inteligência”. “Ele nos mostrará quem somos, onde estamos, o que queremos e para onde vamos. Já o Fórum Permanente tratará das políticas, juntando toda essa informação, e nos apontará para o que realmente precisamos”, explicou. “Por isso, é imprescindível a presença de todos, trazendo o sentimento do cotidiano, do chão de fábrica, com as dificuldades que cada um sofre, fornecendo subsídios para incorporarmos nessa proposta de desenvolvimento”, justificou.
Conforme a equipe técnica explicou, o trabalho que está sendo iniciado através do Fórum e seu Observatório tem como objetivo atender o empresário e, por essa razão, o convite para que eles participassem da reunião para esclarecer suas dúvidas e apresentar suas expectativas. O empresário João Albuquerque aproveitou a ocasião para provocar uma reflexão acerca do modelo econômico do estado.
INVESTIMENTOS – “Eu vejo que nós temos um problema de logística muito grande. Mesmo com essa abertura para o Oceano Pacífico, preocupo-me com a nossa competitividade. Então, acredito que deveríamos pensar qual seria o melhor modelo de economia para o nosso estado, que é muito isolado. Será que deveríamos investir em alta tecnologia? Também acredito que precisamos explorar nossas terras para produzir e sustentar a nossa população, fazendo nosso dinheiro circular aqui dentro”, ponderou Albuquerque.
O presidente do Fórum e da FIEAC, José Adriano, vê com otimismo o avanço das discussões e a receptividade do maior interessado, o setor produtivo. “Estou muito satisfeito com os resultados a que temos chegado até aqui. A proposta que o Fórum está colocando – além de tudo o que já foi apresentado, como o banco de dados e informações, que é o Observatório, para contemplar e orientar nossos investimentos – é esse diálogo com todos os setores para que se sintam pertencentes ao movimento, para que seja proposto o que realmente interessa. Apesar da sensação de estarmos atrasados nas discussões, nunca é tarde para começar”, acredita.
Fórum Permanente de Desenvolvimento. O que é? – Articulação que reúne diferentes setores da sociedade (FIEAC, Fecomércio, Federacre, Faeac, Governo do Estado, Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Amac, Ufac, IBGE, Embrapa e Sebrae) com o intuito de debater e alinhar, coletivamente, estratégias para impulsionar o desenvolvimento sustentável do Acre, com a geração e distribuição de riquezas.