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    Falando sério

    As circunstâncias atuais são cada vez mais assustadoras. Se o ano de 2019 atravessamos torcendo para o nosso Estado encontrar um rumo, agora já nos damos por satisfeitos se conseguirmos chegar todos vivos em 2021.

    A pandemia causada pela Covid-19 chegou em nossas vidas, e o nosso Estado, após 18 meses de novo governo, ainda não conseguiu definir uma equipe de 1º escalão. 

    Afundado, agora, em uma calamidade pública nacional, faz nossos números da economia parecerem assunto sem importância. E para as autoridades isso não é prioridade nesse momento (se é que já foi algum dia). E a situação de indefinições na economia do Estado permanecem, com altos índices de desemprego, violência, pagamento de fornecedores com fluxo a perder de vista, a saúde - que já era uma aventura - agora então preocupa ainda mais e exige sacrifícios dos profissionais da área, que resistem heroicamente, para nossa sorte.

    Às vezes eu penso que estou doido ou não consigo enxergar o óbvio. “Qual o verdadeiro objetivo do isolamento social?” 

    Vejamos: desde o dia 17 de março nosso Estado convive com a possibilidade de contaminação em escala da Covid-19. Medidas foram tomadas pelos governos estadual e municipal, impondo a suspensão das atividades comerciais no Estado, exceto para os setores chamados essenciais, que atuam diretamente no setor de alimentação e saúde, com a intenção de conter o crescimento exponencial do contagio e “proteger a população.”

    Nos quinze primeiros dias, foi necessário convencer o governo e as autoridades sanitárias, da necessidade de flexibilização de abertura parcial de outras atividades comerciais, por entendermos que a proteção da população também depende da sustentabilidade da nossa economia, e que é preciso aprendermos a “conviver com o vírus”, até porque ele não será eliminado ou contido tão rapidamente. 

    Passada primeira quinzena, a extensão do confinamento social foi medida necessária, porém, também é imperiosa a necessidade da população de se sentir segura em relação à nossa infraestrutura hospitalar. Logo, nosso próximo desafio será cobrar dos governos municipal e estadual as medidas que estão sendo tomadas para se atacar a causa dos nossos riscos. 

    O isolamento social se faz necessário a fim de evitar o colapso do sistema de saúde, mas esse tempo deve ser aproveitado pelas autoridades para adquirir a musculatura necessária para o enfrentamento do problema, e não simplesmente para esperar que a solução de cura se dê pela paralisação da circulação da população. 

    Leitos de UTI, respiradores, EPI, vacinas, remédios contra os sintomas, medidas econômicas para sustentar a economia, ajudas aos milhares de necessitados, crédito para as empresas garantirem os empregos, etc.

    Agora, há 30 dias em isolamento social, podemos crer que as duas semanas que as autoridades sanitárias tanto mencionam, ainda está por vir. Nossa economia já virou pó, não há até agora nenhuma atitude dos governos estadual e municipal, que atenda a necessidade do empresário em salvar o seu negócio. Pelo contrário, só interessa ao governo ganhar a fama de bonzinho para o povo, com doações de esmolas aos mais pobres. E quando acabar a pandemia e não tiver mais de onde tirar o dinheiro pra bancar essa “campanha”?. Quem vai pagar a conta? Quem vai garantir os empregos? 

    Estudos mostram uma taxa de letalidade estimada em torno de 1,38%, com o maior índice presente nas amostras da faixa etária acima de 59 anos. (Fonte: Publicação em artigo do Conselho de pesquisa médica do Reino Unido - Elsevier Ltd ). Portanto, podemos concluir que, excluindo o desafio do confronto entre a fragilidade do nosso sistema público de Saúde X velocidade de contaminação, a maior taxa de letalidade é mesmo sobre os CNPJs e a economia em geral.

    Haja sacolão para atender todo mundo. Fala sério, eu devo estar louco mesmo! 


    *José Adriano é presidente da  Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC)

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