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    Um apelo ao bom senso

    Esta é uma semana decisiva para o destino do nosso país. No próximo domingo, teremos o desfecho de uma crise política, que se arrasta desde o fim das eleições de 2014. Essa crise permanente dividiu o Brasil e trouxe perdas irreparáveis para todos os segmentos da sociedade brasileira.

    Como consequência, a indústria brasileira sente os efeitos gerados pela instabilidade política, que trouxe impactos profundos na economia, provocando estagnação e a incerteza quanto ao futuro. Diante dessa situação, não podemos assistir às pedras se mexerem sem ter uma posição firme na defesa da estabilidade, do crescimento da indústria nacional e da Constituição da República.

    A Federação das Indústrias do Estado do Acre entende que nem sempre o caminho mais fácil é o mais correto a ser seguido. Acreditamos que é fundamental superar os obstáculos, por meio do diálogo permanente, sendo firmes sem perder a coerência histórica que marca a nossa trajetória. Precisamos enxergar claramente que não será a quebra da institucionalidade que resolverá todas as mazelas vividas e vivenciadas no território nacional.

    O Brasil clama por união. É necessário que todos estejamos unidos nesse que é um dos mais graves cenários da nossa história. Somos favoráveis a que toda e qualquer decisão que venhamos a tomar seja amparada na nossa Carta Magna, sob pena de sermos vistos na história como patrocinadores de golpe, atendendo a interesses nem sempre nobres e órfãos do sentimento da soberania nacional.

    Aqui, do Acre, rogamos pelo bom senso, pela política grande, pelo olhar de uma indústria forte e comprometida com a democracia e a estabilidade nacional. Entendemos que qualquer quebra de regra constitucional não é benéfica para a nação. Que toda e qualquer ação que possa ser vista como golpe gerará instabilidade e, consequentemente, mais prejuízo para a indústria brasileira. O povo brasileiro confiou os seus destinos a seus representantes legitimamente eleitos. Passa da hora de as ambições pessoais ou partidárias falarem mais alto. É tempo de os interesses coletivos tomarem este lugar, serem soberanos.

    Não apoiamos o impeachment conduzido por interesses obscuros nem um presidente da Câmara dos Deputados réu no Supremo Tribunal Federal por crime de corrupção. Não podemos ser cúmplices de um crime contra a história da democracia brasileira. É inaceitável fecharmos os olhos a um espetáculo de horrores cujos principais atores são carentes de credibilidade para julgar. A história está batendo à nossa porta. Chama-nos para ser protagonistas de um novo tempo, mas de um tempo alicerçado em valores supremos da ética e da coerência. É incorreto criminalizar quem não cometeu crime. Punir quem não merece punição.

    O Brasil precisa avançar e implantar reformas profundas para atravessar as adversidades e voltar a crescer, a produzir, a aquecer a economia, gerando emprego, renda e riqueza. Mas não será produzindo injustiça que construiremos o país que sonhamos. Finalizo os meus argumentos tomando emprestadas as palavras do nosso presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, que brilhantemente se pronunciou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, em agosto do ano passado: “Não acho que simplesmente o impeachment resolverá. O que vai ajudar é construirmos um Brasil diferente do que temos hoje”.


    *José Adriano Ribeiro da Silva é o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC).

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